Cura Crística

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A FÉ VERDADEIRA




“Eu sou cristão. Acredito em Deus, na vida eterna. Sou passageiro de um trem. Essa viagem me fez deixar de ser cristão. Era muito jovem pra morrer. Tinha uma noiva. Casaria em breve. Tudo arrumado em minha vida. Minha mãe era linda, meiga, dedicada e amava minha noiva. Era feliz, trabalhador... Tinha compromisso com a igreja e todos gostavam de mim. Não tinha motivo nenhum para Deus me levar naquele desastre tão horrível. Vi morrendo em meio à confusão, gritaria e sangue jorrados como água da chuva. Quisera que Deus realmente existisse para ter evitado todo aquele mal.
Odiei cada momento que passei na igreja. Podia ter feito outra coisa. Poderia ter passado mais horas com minha noiva, minha mãe, ou simplesmente jogando truco ou correndo no rugby. Crianças que muito provavelmente também não mereciam morrer tão jovem e com tanto sofrimento, se foram no mesmo dia que eu. Se Deus existisse, com certeza aquilo não teria ocorrido. O maquinista não teria dormido, deixando de ver o sinal vermelho. Ou Deus simplesmente mandaria um sopro sequer para acordá-lo ou simplesmente pararia o trem que vinha em alta velocidade. Todas as tragédias, sempre imaginei que cada morto merecia estar ali. Pensava que Deus era bom e tinha seus motivos. Não poderia julgar ou entender. Mas tudo isso foi até acontecer comigo. Com certeza eu não merecia, era um bom cristão. O pior está sendo agora. Sofro muito. Queria mandar uma carta pra minha mãe e dizer o quanto penso nela.....Queria beijar minha noiva mais vezes. Queria ter vários filhos com ela..Na carta diria que Deus não existe. Que era tudo mentira. Senão não teria deixado acontecer tamanha tragédia. “

Essa historia do rapaz acontece sempre que nos desesperamos. Quantas vezes duvidamos da existência do Criador pelo simples fatos de acontecerem tragédias quase que diariamente. Muitos tem fé na fortuna, na beleza e na saúde. Mas não sabem que isso não é fé, mas apenas ilusão.

A verdadeira fé consiste em não diferenciar crença e realidade. É sonhar com a chuva e ter certeza que se molhou. É se olhar no espelho e ver uma pessoa desempregada, maltratado, doente, cabisbaixo e dizer “muito obrigado Deus, estou melhorando a cada dia”. Fé, fé, e fé. Como estás escassa nos dias de hoje. Logo agora que serás tão importante. Por que abandonastes os homens? Por que abandonastes tantas criaturas terrestres. Pobres homens ricos, tem tudo e não tem fé. Acreditam em seu poder e não enxergam a essência da simplicidade de uma flor. A fé está quase se extirpando da vida.

Todos os homens experimentariam uma fabulosa alegria se tivessem fé.
Uma criança perguntaria o que é fé. Um jovem diria que é acreditar em algo. Um adulto diria que é o resultado da ignorância, pois não precisa de comprovação, assim somente os tolos tem tal pensamento. Um velho diria que perdeu alguns anos atrás. Uma pessoa a beira da morte diria “que pena que eu esqueci”. E eu, um simples trabalhador, um servente da luz que viaja como um simples transportador de almas diria..Fé é vida. Uma pessoa que não a tem, não tem alma, não tem brilho no olhar. Está morta, portanto.

Todos nossos irmãos que levo para camadas superiores tem fé. Mesmo aqueles que nem se quer possuem religião. Mesmo aqueles que não conseguem acreditar em Deus. Mas eles não sabem que acreditar em Deus não é crer num ser que criou o céu, a terra e o ar para os seres vivos. Acreditar em Deus é Amar a todos. É ser humildade e auto confiante. É ser amigo. É acreditar que podemos juntos melhorar nossa casa chamada Terra.

Eu amo vocês. Espero um dia transportar a todos para podermos conversar durante a viagem. Se eu não falar da fé me desculpem, só consigo falar naquilo que vejo ou sinto em você. Durante minha vida na Terra errei muito. Também tive uma vida sem alma, sem fé. Hoje, rezo todos os dias e varias vezes, amo meu singelo serviço de transporte e não tenho duvidas, minha fé irá chegar até você. Deixe-a entrar e a partir de agora não duvide de você, do amor, que vale a penar servir ao criador e nunca ao desejo efêmero da matéria.

Com carinho.
Me chamo Sebastião.


Mensagem canalizada em 16 de abril 2010, salinha azul, 19h 43min por André Luís Barbosa E. da Silveira

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