Cura Crística

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Aconteceu na Casa Espírita


Estamos sempre falando dos ataques espirituais, das ações do baixo astral e de toda ação negativa que envolve um médium para afastá-lo do caminho do bem, da evolução do espírito e da prática da caridade, inclusive influenciando em toda estrutura e trabalho religioso de um Terreiro. Aliás, acredito que todos têm suas histórias particulares sobre o assunto, não é mesmo?
No entanto, percebo que normalmente nossa memória é curta demais e pior, registramos somente pequenos pontos de interesses e facilmente esquecemos fatos importantes e fundamentais para que não caiamos na mesma situação.
Pensando nisso, quero reproduzir alguns trechos do livro "Aconteceu na Casa Espírita" - pelo espírito Nora através do médium Emanuel Cristiano, editora Allan Kardec - para que registremos e compreendamos de forma mais expressiva a ação do baixo astral. Além disso, fica também a dica para que periodicamente retornemos a ler, sem nenhuma dificuldade, esses pequenos trechos dessa importante obra.
Aproveite e reflita, olhe em volta e pense: qual a brecha que você está abrindo para o "agir" do baixo astral? Observe se você está sendo manipulado através de situações "extraordinárias" ou se você está perdendo seus princípios religiosos.
Sei que mesmo com alguns cortes o texto está longo, mas garanto que vale MUITO a pena ler até o final, mesmo porque, caso você não consiga ou não se interesse pelo assunto, você poderá estar sendo induzido sutilmente e fortemente pelo baixo astral. Fique atento!
……. Iniciando o Ataque
Os dias correram e o trabalho no Centro Espírita prosseguia em relativa tranquilidade. Nas zonas espirituais inferiores, porém, os adversários da verdade já estavam prontos para o ataque.
Júlio César, qual doente mental, gritava palavras de ordem, seguidas destas orientações:
- Camaradas! Nossa hora chegou! Já fui informado de que os emissários da luz igualmente se organizaram, falando aos responsáveis encarnados da maldita Instituição sobre os nossos planos. Já esperávamos por isso, espíritos fracos nos denunciaram; isso não vai nos impedir! O odioso Templo permanece impregnado de fluidos amorosos. Nós, também, somos muitos e dispomos de poderosas vibrações negativas. Nosso momento chegou!
- Gonçalves!… Gonçalves! Gritou o infeliz, procurando entre a multidão seu capataz.
- Estou aqui, senhor, respondeu o servo diabólico.
- Já fez a verificação dos principais trabalhadores?
- Sim, aqui está o levantamento, dez dirigentes serão visitados por nós. Temos, por exemplo, os registros da… responsável pelo… atendimento fraterno. Veja: o nome dela é Márcia Boaventura. Identificamos, após dias de observação, que é uma mulher dedicada ao trabalho espírita. Nos últimos cinco anos, dizem os relatórios, nunca faltou nos dias de plantão. Promove periodicamente reuniões com seus cooperadores, está sempre disposta a ouvir sugestões, trata a todos com afabilidade e doçura, evita os comentários menos edificantes, está distante das fofocas, trabalhando com espantosa seriedade, guardando e recomendando absoluto sigilo sobre todos os casos de atendimento. Através dela não temos nenhum campo de ação, sem contar a proteção que angariou pelo trabalho tão bem realizado, quase não oferece brecha, limitando a 1% nossa influenciação sobre ela. Entretanto, para nossa grande alegria, é casada com um homem possuidor de densas vibrações, o que nos permitiu a aproximação e convivência em sua própria residência; avesso ao Espiritismo, o esposo frequenta raramente os cultos de uma seita evangélica, carregando na mente a idéia de que a Doutrina Espírita é coisa do diabo.
- Isso! Interrompeu o mandante, eis aí o nosso homem! Incentive-o a continuar na igreja, acompanhe-o, ore com ele se for preciso! (risos)
- À igreja? Perguntou o serviçal admirado. Sabe mesmo o que está me mandando fazer? Insistiu o capataz completamente atordoado. Explique melhor, senhor, quais são seus objetivos.
- Preste bem atenção, Gonçalves, disse o astuto Júlio César, aproximando-se do empregado, abraçando-o como se desejasse falar-lhe em secreto, guardando brilho estranho nos olhos, retirando-se, a passos lentos, para local isolado, enquanto ditava, com voz soturna, aos ouvidos do tolo servidor das trevas este triste plano: – Vamos atormentá-la, envolveremos de tal forma o infeliz do marido que ele fará da vida dela um inferno e, a pretexto de manter a harmonia do lar, ela terá de abandonar as tarefas e aí, adeus à afabilidade e à doçura.
- Mestre, contra-argumentou Gonçalves, há, ainda, uma outra coisa, a considerar. O marido é dado à bebida, se o incentivarmos à igreja, as orientações, ainda que fanáticas, ameaçando os adeptos com o fogo do inferno, poderá levá-lo a largar o álcool, impossibilitando-nos de utilizar mais este trunfo.
- Ora, respondeu o obsessor chefe, que trunfo melhor poderíamos ter senão o medo do inferno. Nós somos os próprios "demônios", deixe que o infeliz pare de beber; para nós o que importa é infernizá-la, irritá-la naquilo que possui de mais sagrado. Ela não aguentará os argumentos de um marido fanático e, além do mais, poderemos fazer com que toda a economia doméstica seja, mensalmente, conduzida à igreja, "contribuindo com a obra do Senhor", perturbando-lhe ainda mais a vida financeira e a convivência familiar. Assim, ela será obrigada a procurar um emprego, a fim de suprir as necessidades básicas, afastando-se definitivamente das tarefas no Centro Espírita.
Não se esqueça, continuou o perverso coordenador, de verificar na instituição alguém cujas vibrações denotem desejo ardente em assumir um cargo, veja entre os próprios companheiros de Márcia se há brechas nesse campo, quem sabe um desejo escondido, uma pontinha de inveja etc. Incentive-os a cobiçar esta colocação, aproveite um daqueles dias em que os trabalhadores demonstram natural irritação, ocasionada pelas atividades frenéticas da vida moderna, fazendo com que alguns comecem a se aborrecer com as orientações da coordenadora. Faça brotar, entre eles, ideias de que a responsável pelas entrevistas gosta de mandar, aparecer, dominar! Assim, quando nossa "querida irmã" abandonar o trabalho espírita, compelida pelo marido, outros estarão à disposição, ávidos pela disputa do cargo de entrevistador-mor, e os que forem reprovados certamente se afastarão melindrados. Os que ficarem não terão a mesma eficiência de nossa vítima, será o fim do atendimento fraterno bem organizado daquela Casa.
Plano perfeito!
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(…) Os obsessores deixaram a cidade das trevas em direção à residência do casal Boaventura.
Márcia, tarefeira no campo das entrevistas, permanecia junto às atividades domésticas. O marido, criatura azeda e difícil, desenvolvia ondas de impaciência e indignação pelo trabalho da esposa no Centro Espírita, argumentando:
- Mulher, você tem que parar com essas coisas de Espiritismo, é preciso pensarmos um pouco mais em nossa vida financeira. Quanto você recebe do seu Centro pelas horas que empenha a serviço do Espiritismo?
- Recebo a consciência tranquila de ter realizado algo de bom em benefício dos semelhantes.
- Basta! Disse o marido visivelmente irritado. Diga, quem é que põe comida nesta casa? Quem é que paga as despesas domésticas, e além do mais, quem financia o transporte coletivo que lhe conduz ao Centro?
- É você, meu bem, respondeu a esposa, procurando tolerá-lo. E contra-argumentou: Mas, veja, tenho cumprido com os meus afazeres, a casa permanece em ordem, nada lhe falta, faço todas as suas vontades. Do que é que você se queixa? Só porque me dedico, algumas horas por semana, aos trabalhos voluntários promovendo o bem?
O homem rude, de vibrações densas, vencido por palavras calmas, lúcidas e apoiadas na autoridade moral, calou-se pensativo. Foi nesse ínterim que os adversários da verdade o envolveram com estes pensamentos: – À igreja, vá para a igreja, mostre a ela que você é mais caridoso. Se ela vai ao Centro, você também pode ir aos cultos evangélicos. Deus precisa de você!
E sendo envolvido por pensamentos exteriores e porque desejasse sair de casa, desenvolveu as ideias que lhe chegavam vagarosas.
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(…) Os adversários da paz comemoravam!
Júlio César, conversando animadamente com o capataz, informou:
- Pronto! Só nos resta aguardar, a semente foi lançada e a terra é muito boa. Boaventura, de retorno ao lar, haverá de infernizar nossa "querida" Márcia, efetuando a discórdia, retirando, naturalmente, a esposa do equilíbrio, o marido fanático haverá de massacrá-la, destruindo-lhe, pouco a pouco, a disposição para trabalhos espíritas. A tarefa do atendimento fraterno perderá uma de suas melhores cooperadoras!
- E agora, mestre? Perguntou Gonçalves, desejando saber dos planos íntimos do mentor das sombras para a continuidade do processo de infiltração.
- Agora, meu caro, cabe-nos verificar os grupos de assistência espiritual!
- Mas, vamos abandonar o caso Márcia Boaventura? Questionou o servo da maldade.
- Não abandonaremos este processo, simplesmente precisaremos dar tempo ao tempo para que a semente do fanatismo, plantada na mente de Boaventura, germine; mais tarde retornaremos à residência da coordenadora do atendimento fraterno para as devidas verificações. Esta operação, meu querido, requer muita paciência. Todo cuidado é pouco, a organização e a cautela são a alma deste empreendimento. Toda infiltração começa pequena, quase imperceptível, para, depois, ganhar volume causando dor, destruição ou, pelo menos, inúmeros prejuízos!
Caminhando lentamente ao lado do comparsa, com uma das mãos tocando a fronte, como que recapitulando os próprios pensamentos, Júlio César informou: – Nossas atenções, doravante, estarão voltadas para os grupos de fluidoterapia. Deveremos fazer surgir entre eles a concorrência e a disputa!
- Mas, senhor, perguntou o secretário da maldade, como é que conseguiremos penetrar no Centro Espírita? Não dispomos de autorização. Como iremos romper as barreiras protetoras do Centro? Como faremos para despistar os mensageiros da luz…
- Chega! Chega! Gritou o mandante. Não vê que me perturba com tantos questionamentos? Ora! Como vamos entrar? Aproveitaremos os desequilíbrios humanos, as brechas, como o orgulho, a mesquinhez, o desejo de mando, a vaidade etc., etc., etc. Enquanto você marca os passos, eu já recebi valoroso relatório dos nossos comandados que permanecem junto de muitos tarefeiros encarnados. Eles têm livre acesso na Instituição, por serem acompanhantes usuais dos tarefeiros do Centro que não vivem a mensagem cristã, que fazem parte dos grupos de fofoca, dos que são sempre do contra, daqueles que desejam reformar tudo e nunca estão satisfeitos com nada! Identificamos, em três grupos, passistas que nutrem desejo ardente em desenvolver a faculdade de cura. Acreditam ser especiais, embora suas tendências para o fanatismo permaneçam controladas pela organização e o estudo doutrinário esclarecedor, contendo certas ideias. Não possuem, nem de longe, a raríssima faculdade de curar instantaneamente as enfermidades.
- Mas e aí? Perguntou Gonçalves.
- Aí, meu amigo, nós vamos dar a eles a faculdade de cura!
- Como assim?
- Simples! Aproveitando a brecha de inúmeros tarefeiros, penetraremos na instituição. Dos assistidos que adentrarem a sala de passe e estiverem sob um processo obsessivo, e ainda, se esses obsessores fizerem parte de nossa extensa falange, solicitaremos que se afastem momentaneamente, causando uma cura, instantânea, aparente. O resto, se eu conheço bem a criatura humana, acontecerá naturalmente.
- Não entendi, disse Gonçalves. O senhor pode explicar melhor?
- Fácil, meu querido, muitas pessoas não entendem o processo da mediunidade, não compreendem que os passistas são simples instrumentos, embora haja sempre uma parcela do magnetismo humano, e por desejarem agradecer os recursos recebidos, logo, logo o endeusamento baterá às portas das salas de fluidoterapia, fazendo com que os passistas disputem entre si, quem dispõe de maiores recursos magnéticos.
- Ah!… Mestre! O senhor é um gênio!
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(…) Iniciada a sessão de passes, uma senhora curvada, gravemente envolvida por uma turba de obsessores, sentou-se com muita dificuldade na cadeira onde Maria haveria de ministrar a fluidoterapia. Os amigos espirituais envolveram quanto possível os obsessores, recolhendo-os amorosamente para o socorro devido, contudo, outros, mais endurecidos, permaneciam ligados à enferma por estarem profundamente comprometidos com o seu passado delituoso. A assistida somente se libertaria por completo através do esforço íntimo, pela transformação moral à qual, em verdade, não se dedicava.
Júlio César, analisando as vibrações do coordenador daquele caso, notou pertencer à sua categoria espiritual e, após as conversações preliminares, acrescentou:
- O camarada certamente me conhece, não?
- Claro, Júlio César, claro! O que quer de mim?
- Pequenos favores.
- Favores? De graça?
- Não, meu amigo, será recompensado, digamos que será troca de gentilezas.
- Pode dizer, o que é?
- Preciso que você e sua equipe abandonem esta mulher.
- O quê? Nunca!
- Será momentâneo, é pela nossa causa. Conhece meus superiores! Em nome deles, estou me empenhando na destruição deste Centro e preciso de sua…
- Ah! Por que não disse antes? É para destruir esta Casa maldita? Então, tem todo meu apoio. Graças a este terrível templo de amor não consigo concluir o meu plano. Se esta criatura continua em pé, é por causa destas energias e das preces que tem recebido desta odiosa instituição. Júlio, meu caro, terá toda minha ajuda. Ficaremos longe dela… vejamos… seis meses, está bem? Nenhum dia a mais, está ouvindo? Mas em troca, continuou o obsessor mercenário, após o vencimento deste prazo, você me cederá vinte trabalhadores seus bem treinados, pelo tempo equivalente à minha ausência junto a esta infeliz. O que me diz?
- Negócio fechado, finalizou o arquiteto da maldade.
Enquanto o passe era transmitido, os espíritos perseguidores daquele caso saíam silenciosamente.
Os amigos espirituais atentos, também se retiraram discretamente, aproveitando a trégua interesseira dos malfeitores, para tentar libertá-los da ideia de maldade e vingança. Mobilizaram, então, equipes socorristas, conseguindo encaminhar muitos adversários para o intercâmbio espiritual.
Porém, a mulher que adentrou a sala, curvada, recuperava a postura correta como que de imediato, readquirindo certa vitalidade. Quando se viu liberta daquelas influências, num desejo de agradecer, agarrou a mão da passista, beijando-a e lançando estas palavras de gratidão:
- Deus abençoe a senhora! Sua mediunidade é fantástica, agora eu sei! Estou livre, você é uma santa! Estas atitudes da assistida romperam as normas de silêncio e discrição que a Casa Espírita solicitava, tumultuando momentaneamente o trabalho. O dirigente encarnado aproximou-se contendo os excessos, imprimindo ordem e disciplina no ambiente.
Júlio César acompanhou o trabalho de Maria Souza durante várias semanas, fazendo com que casos semelhantes a estes fossem repetidos; para isso oferecia cargos, favores e retribuições aos obsessores, provocando nela a certeza de que finalmente havia desenvolvido a faculdade de cura.
Em pouco tempo, certos cooperadores deixaram-se envolver e contaminar pelo ciúme, inveja e intolerância!
Maria Souza tornara-se valioso instrumento de atuação do obsessor chefe que a envolvia nestes pensamentos: – Você, realmente, é médium de cura e eu sou o seu médico, seu mentor! Estamos nos colocando à disposição para um novo trabalho nesta Casa, desejamos desenvolver aqui grandes trabalhos de cirurgia espiritual, você será famosa, seu nome será divulgado largamente e todos haverão de respeitá-la. Entretanto, muitos invejosos desejarão tirá-la da missão, por isso afaste-se daqueles que quiserem analisar as suas produções. No resto, conta conosco.
A "médium curadora", contaminada pela presunção, já espalhava aqui e acolá, suas novas "capacidades" e em pouco tempo os assistidos já disputavam uma vaga junto à sua cadeira para receber os passes "curadores".
Na sala, a competição estava instalada. Vários companheiros invigilantes caíram na armação das trevas, esquecendo-se de que o trabalho em qualquer área solicita discrição e fraternidade.
Alguns perdiam-se na indignação, afirmando que a "curadora", na realidade, era anímica, vaidosa, orgulhosa e deveria ser banida do grupo.
Outros formavam pequenos grupos em favor da passista fascinada. Além das fofocas que percorriam, a galope, os corredores.
Era o início de uma séria perturbação espiritual, que daria muito trabalho à diretoria doutrinária do centro.
Espiritualmente, Júlio César permanecia eufórico, porque agora já havia lançado dúvidas e problemas em dois importantes departamentos.
O processo dedicado à destruição da Casa Espírita prosseguia. Os instrutores espirituais do agrupamento cristão permaneciam atentos, acompanhando o caso de infiltração, respeitando, contudo, o livre-arbítrio dos trabalhadores encarnados, ensejando-lhes a oportunidade de colocar em prática os ensinos cristãos.
O perseguidor, porém, continuava implacável. Após ter lançado a discórdia na equipe da fluidoterapia, continuava a se preparar para o envolvimento dos grupos mediúnicos propriamente ditos. Agora, os médiuns ostensivos é que seriam experimentados.
_____
(…) E adentrando uma das salas de trabalhos mediúnicos, ligaram-se a dois participantes bastante receptivos aos pensamentos inferiores.
Sondando-lhes o mundo íntimo, notaram que um dialogador e uma das médiuns trocavam pensamentos sensuais.
- Senhor, disse Daniel, o discípulo de Mamom, trago a ficha. -Soraia Barreto e Sérgio Queiroz, candidatos ao adultério, o que diz?
- Excelente, será um escândalo formidável. Para seu primeiro trabalho num grupo profissional, está ótimo. Vamos ver, agora, quem é que pode mais! As fofocas sobre o caso da médium e do dialogador adúlteros explodirão por estes corredores feito pólvora! Vamos! Vamos! Precisamos nos organizar, ainda temos muito o que fazer para executar este novo plano.
Soraia e Sérgio eram trabalhadores de um grupo mediúnico. Ela, médium não muito educada, comparecia raramente às reuniões de estudos doutrinários de orientação geral. Julgava-se, algumas vezes, privada das alegrias do mundo por causa do compromisso mediúnico. Casada com homem digno e respeitável, não se sentia feliz diante da sagrada oportunidade do casamento.
O dialogador, igualmente consorciado, com dedicada esposa, digna de admiração e amparo espiritual.
Entretanto, ignorando as orientações espíritas, colocavam-se à disposição de entidades desequilibradas, gozando a vida de maneira irresponsável.
Ambos, os tarefeiros do socorro espiritual, abriam grandes brechas aos inimigos da verdade. Não se dedicavam à vivência mínima dos ensinos adquiridos, permanecendo interessados apenas nas atividades fenomênicas. E, porque mantinham afinidade nas intenções, ligaram-se magneticamente por ondas mentais.
Na reunião de intercâmbio pouco contribuíam, tornavam-se elementos isolados pelos mentores, pois que os pensamentos não atingiam regiões superiores para ajuda na tarefa socorrista.
Todos estes dados eram de domínio dos invasores das sombras.
Os instrutores do Mais Alto, igualmente, sabiam deste possível envolvimento entre os cooperadores citados. Contudo, não podiam privá-los do convívio entre os companheiros encarnados, junto à Casa Espírita.
Entretanto, orientações espirituais gerais exaltando a moral, o nobre objetivo do casamento, o esforço para domar as más tendências como ponto a identificar o verdadeiro espírita, foram transmitidas através de vários medianeiros, mas nenhuma delas foi acatada pelos dois tarefeiros envolvidos, o que oferecia largo campo de atuação para Júlio César e sua falange.
O inimigo da harmonia reuniu rapidamente os servidores à sua disposição, iniciando mais esta trama diabólica:
- Camaradas, eis que estamos avançando de maneira muito satisfatória. Agora haveremos de usar, mais uma vez, uma arma bastante delicada, a fascinação.
- E o campo de atuação será de novo a mediunidade? Perguntou um dos presentes.
- Não e sim, respondeu o maquiavélico. Não exploraremos a mediunidade em si, mas desejaremos atingir muitos médiuns. A fascinação, prosseguiu o perverso arquiteto, será no campo da sensualidade, dos instintos humanos. Um trabalho pouco difícil, pois aqueles que envolveremos já vibram em nossa sintonia, autorizando-nos a ação. Simplesmente teremos de estimular um pouco mais as suas tendências inferiores. Precisamos fazer com que estes tarefeiros invigilantes e imprudentes se desequilibrem, comprometendo o bom andamento da reunião, abrindo-nos o campo para atingirmos o grupo todo.
- E os amigos superiores? Perguntou outro, muito preocupado. Não vão nos impedir? E se formos pegos como aconteceu com Gonçalves? Não tentarão nos afastar de nossos propósitos?
- Se caírem nas mãos dos responsáveis espirituais por esta Casa, preveniu o perseguidor cruel, finjam terem se transformado para livrarem-se da imantação mediúnica; inventem, se necessário, histórias mirabolantes ou permaneçam mudos. Eles, os mensageiros do Cristo, prosseguiu o preceptor das trevas, não podem nos expulsar. Trabalham pela tolice do amor. Isso representa um ponto positivo a nosso favor, porque preferem esperar pela nossa transformação moral em vez de nos destruírem. Enquanto aguardam nossa metamorfose no campo dos valores espirituais, que para nós é impossível, nosso plano avança.
- Estou com muito medo, continuou o camarada prudente, levando outros a concordarem. Não será melhor desistirmos? Estamos na toca do inimigo. E se os emissários da luz estiverem com a verdade?
Estas palavras finais mexeram intensamente com Júlio César, fazendo-o perder a razão:
- Como ousa querer desistir?
E aproximando-se do obsessor temeroso, fitou-o de maneira profunda, agarrando-o fortemente pelos andrajos em atitude agressiva, e, chacoalhando-o violentamente por várias vezes, acrescentou irado:
- Experimente abandonar esta missão! Tente render-se aos falsários do amor! Deseje por um único minuto levantar um movimento contra meus propósitos e verá o que lhe acontecerá! Se eu souber de uma tentativa sequer, de sua parte ou de alguém da minha equipe para mudar de lado, será sumariamente confinado nas prisões de nossa cidade por tempo indeterminado.
E além do mais, continuou o malvado perseguidor aterrorizando e ameaçando os obsessores, sei que muitos de vocês ainda têm entes queridos encarnados; experimentem abandonar nossos propósitos e verão o que acontecerá aos seus. Não despertem minha ira, muito menos a dos nossos superiores!
E, continuando, disse-lhes:
- Prestem atenção: os espíritos bondosos não poderão nos impedir, pois que estaremos ligados aos pensamentos e emoções de Soraia e Sérgio. Por isso, coragem. Pessoas fracas não convivem comigo!
_____
(…) – Gonçalves!
- Pois não, senhor!
- Qual o resumo do nosso trabalho? Como estão as tarefas dos outros camaradas?
- Vejamos as anotações, respondeu o secretário. Já atingimos: – a responsável pelo atendimento fraterno, comprometendo as tarefas nesta área; – um grupo de fluidoterapia, causando desconfiança e concorrência; – este agrupamento de socorro espiritual, que está em andamento, cujo objetivo é provocar escândalos e consequentemente a fofoca destruidora.
Outros camaradas sob as suas ordens já realizaram: – o afastamento de um entrevistador, coordenado por Márcia Boaventura, das tarefas das noites de segunda, terça e quarta-feira. Seguindo suas orientações, o envolvemos a fim de que julgasse fosse preciso melhorar a vida material. Fizemos com que se inscrevesse em seu terceiro curso universitário. O mundo ganhará mais um inútil acadêmico e perderá valoroso cooperador do bem.
- cinco expositores, dos mais variados cursos de Espiritismo espalhados pela Casa, tiveram promoção no emprego, sob nossa influência, tendo obrigatoriamente de abandonar as tarefas a fim de cumprirem os compromissos materiais.
- três dirigentes de grupos mediúnicos pediram licença, atendendo a caprichos familiares, fazendo longa viagem, também sob nossa atuação.
- os eruditos espíritas não foram esquecidos; com a vaidade sobre excitada, estamos sugerindo que reformulem todos os trabalhos na Casa, toda a área doutrinária. Isso sim é que vai gerar uma grande fofoca. Desejamos fazer com que entrem em confronto com a organizada diretoria de doutrina.
- estamos, ainda, fazendo com que modismos de toda ordem apareçam por aqui, trazidos pelas pessoas eufóricas;
- trezentos processos de obsessão simples foram implantados, junto àqueles que nos oferecem brechas, a pretexto de atrapalhar diversos trabalhos espíritas. Estes, num mecanismo em cadeia, exatamente como o senhor planejou, haverão de triplicar as irritações, abrindo nossos caminhos.
- verificamos as obras assistenciais e notamos estarem passando por várias dificuldades financeiras. Envolvemos alguns responsáveis, que entraram em nossa esfera de ação por conta do pessimismo, nervosismo exagerado, falta de fé, por terem esquecido do ideal espírita e prenderem-se simplesmente à questão de organização, agindo com frieza, distantes do amor. Com isso, podemos desestimulá-los intensamente e, agora, estão prestes a abandonar as funções.
- nas promoções beneficentes, igualmente tivemos boa infiltração, pois que os cooperadores, verificando estarem fora das reuniões mediúnicas, da seriedade dos estudos, entregaram-se às piadas, às brincadeiras, à maledicência, à competição, à inveja e ao ciúme. Isso tem afastado vários trabalhadores matriculados nestas obras.
- no pequeno coral, inspiramos-lhes músicas mais agitadas, fazendo com que se oponham à direção da Casa em querer divulgar o Espiritismo pela canção. Sugerimos-lhes outros ritmos a fim de atordoar-lhes e confundir-lhes o pensamento. O regente, praticamente um dos nossos, tendo levado "sua" ideia à direção doutrinária e esta, obviamente, solicitando a retomada do trabalho com músicas que elevem a criatura humana, conduzindo mensagens de transformação moral, tal como é o objetivo do Espiritismo, fez com que o condutor das vozes espíritas se irritasse, quase desistindo das tarefas.
- ainda temos o grupo de teatro que certamente nos atenderá às mesmas solicitações, melindrando-se certamente quando a pureza doutrinária lhes solicitar evitar, no Centro, a propagação de obras não espíritas.
- temos procurado, diante dos agrupamentos de estudos, estimular os contestadores natos, fazendo com que estejam especialmente alterados, conseguindo, com isso, atrapalhar vários participantes.
E muitas outras reuniões estão recebendo a visita de nossa falange. Falta, ainda, atingirmos definitivamente o presidente e o diretor doutrinário da Instituição.
Seguindo suas ordens, continuou Gonçalves, colocamos cerca de dez espíritos adversários com cada um, esperando que ofereçam brechas de atuação, mas eles desfrutam de proteção espiritual admirável, por conta do esforço que empenham na conduta reta e pelo trabalho sério que executam. Contudo, senhor, nosso labor permanece difícil! Pois não faltam aqueles que são verdadeiras rochas morais, os que têm atraído impressionante proteção espiritual pelas atitudes cristãs. Esse processo tem exigido muito dos nossos cooperadores, já tivemos de renovar nossas turmas por cinco vezes. Nossos trabalhadores sentem-se fracos ao entrarem em contato com certos ambientes amorosos, que obrigatoriamente têm de visitar, com objetivo de atormentar e desviar os encarnados da bondade. E sobre estes, nossa influência tem sido praticamente nula. Não sei se nossa equipe conseguirá ir até o fim. Acredito estejamos andando devagar demais.
- Nada disso, meu caro, acrescentou o mandante, os pontos principais estão sendo atingidos, aguarde e verá o excelente resultado. Quanto aos responsáveis pela Instituição, haveremos de visitá-los pessoalmente em breve. Primeiro, vamos atormentá-los e preocupá-los, desestruturando as tarefas, depois, quando se tiverem irritados com o mau desempenho dos departamentos, os escândalos, as fofocas, os pegaremos em cheio.
…….
Espero que tenha valido a pena pessoal! Espero também que todos tenham conseguido chegar até o final dessa leitura e que se inspirem para continuar nessa luta entre o Bem e o Mal, entre a Paz e a Guerra e entre o Amor e a Dor.
Que esses pequenos trechos sirvam de incentivo à leitura completa e periódica dessa obra, assim como aos estudos doutrinários religiosos contínuos e que possamos perceber o quanto somos responsáveis por tudo que nos acontece, nos envolve e nos atinge, que possamos perceber que só existe um caminho, uma fé, uma verdade, um amor e uma única força que sustenta a todos.
Que sejamos capazes de não nos desviarmos desse caminho.
Fiquemos atentos!
Escrito por Mãe Mônica Caraccio

Deficientes mentais, nossos irmãos SIM.



Antes de mais nada, gostaria de dizer que o programa 'A Liga' da Rede Bandeirantes é um grande serviço a sociedade! hoje a equipe passou 24h dentro de um hospital psiquiatrico! impressionante esta realidade que a maioria de nós desconhece por completo! Como Umbandista e espiritualista, creio que ao ampararmos com amor e fraternidade o portador de deficiencia mental, estamos fazendo parte da maquina que edifica a evolução da humanidade! Pois eles aprendem conosco, e em gratidão nos ensinam o dobro!

Muitos de nós ainda não se deu conta que não há exclusões no planeta Terra, e que, a vida é cíclica em torno dos nascimentos e desencarnes. Um espírito só pode curar-se por completo de suas más inclinações e/ou débitos contraídos em outrora através do amor, ou seja, somente convivendo, respeitando e amando estes irmãos é que a reforma poderá alcançar os níveis desejados de aproveitamento.

Tenho verdadeiro apreço pelos Pais e Mães que servem como balsamo para que se cumpra na carne o suplicio redentor. Alguns se dispersam no caminho e acabam abandonando sua prole a mercê dos infortúnios mundanos, e consequentemente criando um efeito cármico onde haveria uma dissolução das dívidas. Em muitos casos os laços familiares também vem regidos pela lei da ação e reação, e nem sempre todos os participantes da retomada energética estão preparados para o convívio, que pode se dar em níveis ríspidos. E diante de todos estes casos, caberá a sociedade complicar ainda mais a situação discriminando estes seres humanos?

um abraço!


Gilberto Tortorella

segunda-feira, 14 de maio de 2012

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domingo, 13 de maio de 2012

SARAVÁ PRETOS VELHOS




Adorei as Almas!

Com certeza a mais carismática entidade que povoa os terreiros de Umbanda. A mística do Preto-Velho é fruto de condições e circunstâncias únicas em terras brasileiras.


São entidades desencarnadas que tiveram pela sua idade avançada, o poder e o segredo de viver longamente através da sua sabedoria, apesar da rudeza do cativeiro demonstram fé para suportar as amarguras da vida, consequentemente são espíritos guias de elevada sabedoria, trazendo esperança e quietude aos anseios da consulência que os procuram para amenizar suas dores, ligados a vibração de Omulu, são mandingueiros poderosos, com seu olhar prescutador sentado em seu banquinho, fumando seu cachimbo, benzendo com seu ramo de arruda, rezando com seu terço e aspergindo sua água fluidificada, demandam contra o baixo astral e suas baforadas são para limpeza e harmonização das vibrações de seus médiuns e de consulentes.


Carinhosamente, também chamados de Pai Preto, estes guias ensinam uma importante lição de humildade e resignação diante das adversidades da vida, sem perder a alegria e o bom humor. É comum ouvir, dos mesmos, observações jocosas a respeito dos problemas. Simplificando o que parecia complicado, dando esperanças para fortalecer psicologicamente seu consulente, porque sabem que se fraquejarmos na lida da vida, os problemas se tornam maiores e não suportamos o fardo.


A falange dos Pretos - Velhos guarda sinais particulares e individuais da origem dos elementos que a compõem. Antigos escravos, estes ainda conservam certas designações que denunciam de qual nação ou tribo africana eram oriundos. Assim encontramos Pai Tião D’Angola, Vovó Maria Conga, Vovô Cambinda, Pai Joaquim de Aruanda, Pai Zeca da Candonga, todos com uma característica comum: a bondade e a doçura com que tratam os fiéis que os consultam, procurando um alívio para suas aflições.


Pai Antônio foi o primeiro preto-velho a se manifestar na Religião de Umbanda em seu médium Zélio Fernandino de Morais onde se esta­be­leceu a Tenda Nossa Senhora da Piedade. Assim, ele abriu esta "linha"para nossa religião, introduzindo o uso do cachimbo, guias e o culto aos Orixás.


O "Preto-Velho" está ligado à cultura religiosa Afro Brasileira em geral e à Umbanda de forma específica, pois dentro da Religião Umbandista este termo identifica um dos elementos for­madores de sua liturgia, representa uma"linha de trabalho", uma "falange de espíritos", todo um grupo de mentores espirituais que se apresentam como negros anciões, ex-escravos, conhecedores dos Orixás Africanos.


São trabalhadores da espiritualidade, com características próprias e coletivas, que valorizam o grupo em detrimento do ego pessoal, ou seja, são simplesmente pretos e pretas velhas como Pai João e Vó Maria, por exemplo.


Milhares de Pais João e de Avós Maria, o que mostra um trabalho desper­sonalizado do elemento individual valorizando o elemento coletivo identificado pelo termo genérico "Preto-Velho". Muitos até dizem "nem tão preto e nem tão velho" ainda assim "preto velho fulano de tal". A falta de informação é a mãe do preconceito, e, no caso do "Preto-Velho", muitos que são leigos da cultura religiosa Umbandista ou de origem africana desconhecem valor do "Preto-Velho" dentro das mesmas.


Preto é Cor e Negro é Raça, logo o ter­mo "Preto-Velho" torna-se característico e com sentido apenas dentro de um contexto, já que fora de tal contexto o termo de uso amplo e irrestrito seria "Negro Velho", "Negro Ancião" ou ainda "Negro de idade avançada"para identificar o homem da raça negra que se encontra já na "terceira idade" (a melhor idade). Por conta disso alguns se sentem desconfortáveis em utilizar um termo que à primeira vista pode parecer desrespeitoso ao citar um amável senhor negro, já com suas madeixas brancas, cachimbo e sorriso fácil, por trás do olhar de homem sofrido, que na humildade da subjugação forçada e escrava encontrou a liberdade do espírito sobre a alma, através da sabedoria vinda da Mãe África, na figura de nossos Orixás, vindo ao encontro da imagem e resignação de nosso Senhor Jesus Cristo.


Alguns preferem chamá-los apenas de "Pais Velhos" o que é bonito ao ressaltar a paternidade, mas ao mesmo tempo oculta a raça que no caso é motivo de orgulho. São eles que souberam passar por uma vida de escravidão com honra e nobreza de caráter, mais um motivo de orgulho em se auto-afirmar "nêgo véio" e ex-escravo; talvez assim se mantenham para que nunca nos esqueçamos que em qualquer situação temos ainda oportunidade de evoluir. Quanto mais adversa maior a oportunidade de dar o testemunho de nossa fé.


O "Preto-Velho" é um ícone da Umbanda, resumindo em si boa parte da filosofia umbandista. Assim, os espíritos desencarnados de ex-escravos se identificam e muitos outros que não foram escravos, nesta condição, assim se apresentam também em homenagem a eles, por tê-los como Mestres no astral.


No imaginário popular, por falta de informação ou por má fé de alguns formadores de opinião, a imagem do "Preto-Velho" pode estar associada por alguns a uma visão preconceituosa, há ainda os que se assustam "com estas coisas", pois não sabem que a Umbanda é uma religião e como tal tem a única proposta de nos religar a Deus, manifestando o espírito para a caridade e desenvolvendo o sentimento de amor ao próximo. Não existe uma Umbanda "boa" e uma Umbanda "ruim", existe sim única e exclusivamente uma única Umbanda que faz o bem, caso contrário não é Umbanda e assim é com os "Preto-Velhos",todos fazem o bem sem olhar a quem, caso con­trário não é de fato um "Preto-Velho", pode ser alguém disfarçado de "velho-negro", o "preto velho"trabalha única e exclusivamente para a caridade espiritual.


São espíritos que se apresentam des­ta forma e que sabem que em essência não temos raça nem cor, a cada encarnação, temos uma experiência diferente. Os Pretos - Velhos trazem consigo o "mistério ancião", pois não basta ter a forma de um velho, antes, precisam ser espíritos amadurecidos e reconhecidos como irmãos mais velhos na senda evolutiva.
Quanto menos valor se dá a forma, mais valor se dá à mensagem, e "Preto-Velho" fala devagar, bem baixinho; quando assim se pronuncia, todos se aquietam para ouvi-lo, parece-nos ouvir na língua Yorubá a palavra "Atotô", saudação a Obaluayê que quer dizer exatamente isso: "silêncio".
Nas culturas antigas o "velho" era sempre respeitado e ouvido como fonte viva do conhecimento ancestral. Hoje ainda vemos este costume nas culturas indígenas e ciganas. Algumas tradições religiosas man­têm esta postura frente o sacerdote mais velho, trata-se de uma herança cultural religiosa tão antiga quanto nossa memória ou nossa história pode ir buscar, tão antigos também são alguns dos pretos velhos que se manifestam na Umbanda.
Muitos já estão fora do ciclo reencarnacionista, estão libertos do karma, já desvendaram o manto da ilusão da carne que nos cobre com paixões e apegos que inexoravelmente ficarão para trás no caminho evolutivo.
Por tudo isso e muito mais, no dia 13 de Maio, dia da libertação dos es­cravos eu os saúdo: "Salve os Pretos Velhos! Salve as Pretas Velhas! Adorei as Almas! Salve nosso Amado Pai Obaluayê, Atotô meu Pai! Salve nossa Amada Mãe Nanã Buroquê, Saluba Nanã!"


Usamos para eles velas brancas ou bicolores, metade preta e metade branca, tomam café e fumam cachimbo.



TEMPLO DOS ORACULOS - POR JORNAL DE UMBANDA SAGRADA